O livro “O Campeão da Vida – perdoar para viver”, editado
pela MelhorPubli – Publicações Especiais, conta o drama vivido pelo ex-jogador
de futebol Régis, que aos 21 anos, recém-contratado do Inter pelo Caxias, foi
violentamente agredido por um soco, em um jogo contra o Santo Ângelo, em 13 de
novembro de 1999, na cidade de mesmo nome.
Entre a vida e a morte, ficou 20 dias internado na UTI e
seguiria em coma durante um mês.
Levado para casa, em Gravataí, ainda em coma vigil, teve de
reaprender a andar e a falar. O lançamento será na 70ª Feira do Livro de Porto
Alegre, no dia 13 de novembro, com sessão de autógrafos, às 16h.
Durante a internação, um médico comunicou aos familiares que
Régis Júnior iria morrer. No momento da alta do hospital, foi dito aos pais
para que esquecessem o filho que tiveram até ali, em razão das graves sequelas
que ficariam. Júnior, porém, surpreendeu todo mundo. Com a mesma dedicação com
que perseguiu o sonho de ser jogador profissional de futebol, teve uma
recuperação que o colocou, de novo, com autonomia de vida. Formou-se em
Educação Física, casou-se e é pai de uma linda menina.
Esta história, que tem violência, raiva, dor,
arrependimento, medo e indignação, não se trata tão-somente de uma história
triste, porque é tangenciada pelo que de mais sublime a espécie humana pode
deixar como legado de transformação, o amor.
Desde os primeiros dias neste mundo, ainda no berço do
hospital, quando o pai “viu” que o filho “era canhoto” e que, por isso, se
chamaria Rivelino, Júnior teve a sua vida atravessada pelo futebol.
Júnior, o personagem do livro, ainda que tivesse o seu sonho
tragicamente roubado, é a tradução perfeita do perdão. Abraçou e consolou o seu
agressor, Darzoni da Silva Pillar, que também teve sua carreira prejudicada, dá
a sua versão para a agressão. Hoje, a única injustiça reclamada por Júnior é
com a decisão da Justiça, condenando o clube do agressor e lhe pagar
indenização, que desde 2012 espera por efeito prático — que muito dificilmente
terá.
O livro, que tem o prefácio escrito pelo técnico Tite,
treinador do Caxias na época, é resultado de um trabalho de reportagem de quase
dez anos, de autoria do jornalista Luiz Fernando Aquino e do comunicólogo e
doutorando em Comunicação Fernando Jesus da Rocha, relatando o que aconteceu
com a vida dos principais envolvidos. O final é comovente — um novo desafio
ainda irá se apresentar à família.
Mais informações no http://esporteemgravatai.blogspot.com.br/
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